sexta-feira, 30 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

Avanços obtidos com a biotecnologia na saúde humana



Embora seja um termo geralmente revestido de uma conotação futurista, a biotecnologia não é uma novidade. Ao contrário, a humanidade vem utilizando processos biológicos para obtenção de produtos há milhares de anos.
A biotecnologia moderna trabalha com partes de organismos (células e moléculas), frequentemente modificando-as com técnicas de engenharia genética, em contraposição à biotecnologia clássica, que utiliza organismos vivos em sua forma original e melhoramento genético tradicional.
Em 1953, James Watson e Francis Crick identificaram o DNA como o código genético que define todas as características e o funcionamento dos organismos vivos. Vinte anos depois, a descoberta da técnica de DNA recombinante, publicada em 1973 por Stanley Cohen e Herbert Boyer, permitiu a criação de células artificialmente construídas para produzir proteínas encontradas na natureza ou novas proteínas.
O próprio Boyer uniu-se ao investidor de risco Robert Swanson para, juntos, fundarem em San Francisco, nos Estados Unidos, a Genentech, considerada a primeira empresa de biotecnologia do mundo.
Produtos
A primeira aplicação comercial da biotecnologia ocorreu em 1982, quando a empresa Genentech produziu insulina humana para o tratamento da diabetes. Para fornecer insulina em quantidades necessárias, o gene que produz a insulina humana foi isolado e transferido para a bactéria Escherichia coli.
As bactérias se multiplicam e crescem em tanque de fermentação, produzindo a proteína insulina que, a partir daí, é isolada e purificada. Essa descoberta tem destaque especial, particularmente para milhões de pessoas em todo o mundo portadoras de Diabetes Mellitus e que dependem da insulina para estabilizar o nível de glicose no sangue.
Um novo produto, resultado de recentes pesquisas biotecnológicas, é a Insulina Lispro, comercializada com o nome de Humalog.
Dentre outros exemplos de produtos obtidos pela biotecnologia pode-se citar o interferon-alfa-2b e interferon-beta, o fator anti-hemofílico empregados no tratamento da leucemia, da esclerose múltipla e hemofilia A, respectivamente, e o hormônio de crescimento humano (somatotropina).
No caso da doença de Chagas, a Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) desenvolveu um kit para diagnóstico, obtido a partir da transformação genética de bactérias contendo genes de Trypanosoma cruzi, as quais passaram a expressar antígenos desse parasita; as proteínas recombinantes são utilizadas no imunodiagnóstico da doença.

sábado, 17 de março de 2012

Os Avanços da Biotecnologia

Desde a primeira visualização de uma célula, em 1663, por Robert Hooke, passando pela descoberta do DNA, em 1953, por James Watson e Francis Crick, os avanços biomédicos, como por exemplo, no diagnóstico e tratamento de doenças, têm acontecido em dimensões cada vez menores. É nesta escala molecular e atômica que acontece grande parte dos fenômenos bioquímicos responsáveis pelo completo funcionamento do nosso organismo. 

A revolução ocasionada pela biologia molecular, nos últimos 50 anos, fascina não só a comunidade científica, mas toda a humanidade. As suas implicações foram decisivas nos principais avanços biomédicos acontecidos no século XX. Assim sendo, não é de se estranhar o aumento significativo da expectativa de vida mundial nesta pequena faixa de tempo. 
Embora os mecanismos bioquímicos envolvidos no funcionamento ou no mal funcionamento do organismo humano estivessem sendo descobertos velozmente nas últimas décadas, muito devido ao rápido progresso da computação, ainda era reduzida a possibilidade de se intervir nesta escala, molecular e atômica. 

Não é de hoje que o homem sonha realizar incríveis viagens no interior de seu próprio corpo, com o objetivo de descobrir e dominar o funcionamento desta sofisticada e complexa máquina. Quem não se lembra do blockbuster “Viagem Insólita” (Innerspace, EUA, 1987). 
Contudo, apenas com o recente desenvolvimento da nanotecnologia, possibilitando a manipulação da matéria no nível de átomos individuais e moléculas, está sendo possível avançar nesta nova fronteira, a bionanotecnologia. 

Não há dúvida de que a bionanotecnologia, como ciência emergente, deve buscar inspiração na própria natureza. Atualmente, as nanomáquinas mais eficientes são aquelas encontradas na natureza, fruto de uma longa evolução natural. 


Estão sendo desenvolvidas nanoestruturas capazes de detectar o agente patológico e, após se acoplar ao mesmo, injetar uma dose letal de tóxinas. Esta técnica se prova muito superior as atuais, uma vez que reduz significativamente os efeitos colaterais, além de aumentar a eficacia do tratamento. 

O avanço da terapia genética possibilitando a transferência, através de uma nanoestutura, do gene responsável por determinada ação no organismo. 
Os avanços que a bionanotecnologia proporcionará nas próximas décadas não encontra fronteiras e, certamente, provocará a maior revolução na área biomédica que a nossa sociedade já presenciou. Pensar estes avanços é uma obrigação de todos nós, cientistas ou não. 








Enviado por Thiago Ribeiro - 
05.03.2010
 | 
14h07m

sexta-feira, 16 de março de 2012




Biocombustível



Definição

Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais como, milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível.

Os biocombustíveis podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores) integralmente ou misturados com combustíveis fósseis. Aqui no Brasil, por exemplo, o diesel é misturado com biocombustível. Na gasolina também é adicionado o etanol.

A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases poluentes. Também é vantajoso, pois é uma fonte de energia renovável ao contrário dos combustíveis fósseis (óleo diesel, gasolina querosene, carvão mineral).

Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana-de-açúcar para transformar em biocombustível.

Os principais biocombustíveis são: etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), biogás (produzido a partir da biomassa), bioetanol, bioéter, biodiesel, entre outros.

Vantagens do Biocombustível

- Possibilita o fechamento do ciclo do carbono (CO2), contribuindo para a estabilização da concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento global);

- No caso específico do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a produção de biocombustíveis;

- Geração de emprego e renda no campo (isso evita o inchaço das cidades);

- Menor investimento financeiro em pesquisas (as pesquisas de prospecção de petróleo são muito dispendiosas);

- O biodiesel substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor;

- Redução do lixo no planeta (pode ser usado para produção debiocombustível);

- Manuseio e armazenamento mais seguros que os combustíveis fósseis.

Desvantagens do Biocombustível

- Consome grande quantidade de energia para a produção;

- Aumento do consumo de água (para irrigação das culturas);

- Redução da biodiversidade;

- As culturas para produção de biocombustíveis consomem muitos fertilizantes nitrogenados, com liberação de óxidos de nitrogênio, que também são gases estufa;

- Devastação de áreas florestais (grandes consumidoras de CO2) para plantio das culturas envolvidas na produção dos biocombustíveis;

- Possibilidade de redução da produção de alimentos em detrimento do aumento da produção de biocombustíveis, o que pode contribuir para aumento da fome no mundo e o encarecimento dos alimentos;

- Contaminação de lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes. A ingestão desses produtos causa problemas respiratórios, devido à produção de meta-hemoglobina (hemoglobina oxidada);

- A queima da cana libera grandes quantidades de gases nitrogenados, que retornam ao ambiente na forma de “chuva seca” de fertilizantes, segundo pesquisa do químico ambiental Arnaldo Cardoso e publicada na revista “Unesp Ciência, edição de fevereiro de 2010. Nos ambientes aquáticos, o efeito é muito rápido: proliferação de algas, com liberação de toxinas e consumo de quase todo oxigênio da água, o que provoca a morte de um grande número de espécies.


Como se vê, os biocombustíveis não são a grande solução para o problema energético do mundo. É necessário repensar sobre o uso de outras formas alternativas de energia, como a eólica e a atômica (que vem ganhando força no mundo científico).