quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Clonagem de pele uma esperança real para queimados

  

A sul-africana Pippie Kruger, de apenas 3 anos, já estava a ponto de ser desenganada, quando foi submetida a uma cirurgia inédita na África. A menina, que teve 80% do corpo queimado durante um incêndio ocorrido em sua casa, sobreviveu ao ter a pele removida e, posteriormente, reconstituída.
Durante o procedimento, feito pela primeira vez na África do Sul e no continente africano, dois pequenos pedaços da pele de Pippie, que não haviam sido afetados pelo fogo, foram retirados e clonados em um laboratório dos Estados Unidos.
Hoje, após cinco paradas cardiorrespiratórias e 45 cirurgias plásticas, Pippie está de volta ao convívio familiar.

Os médicos ficaram surpresos com a recuperação da menina. "Trata-se de uma criança completamente diferente do que vimos quando chegou aqui. Às vezes, é difícil acreditar que é a mesma menina que quase perdemos", disse o cirurgião plástico Ridwan Mia, responsável pelo procedimento.
Após meses no hospital, a próxima etapa na vida de Pippie é recobrar a força dos músculos com a ajuda de um fisioterapeuta.
O tratamento de Pippie é visto como modelo em um país onde mais de 15 mil crianças são vítimas de incêndios todos os anos. "É fantástico. Todas as vezes que me sinto para baixo ou solitária, eu recebo a mensagem de alguém que diz ter se inspirado no caso da minha filha", afirmou a mãe da menina, Anice Kruger.

Fontes: BBC, Odia e News24

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Células-tronco podem ajudar no tratamento da surdez

As células-tronco embrionárias podem ser direcionadas para formar o som de detecção de células nervosas nas orelhas internas de ratinhos surdos.

A surdez é frequentemente o resultado da perda de células nervosas especializadas chamadas células capilares e neurónios do gânglio da espiral da cóclea, a parte do ouvido interno que converte as vibrações em sinais nervosos que cérebro entende como sons. Até agora, ninguém foi capaz de substituir os dois tipos de células nervosas.

Pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, desenvolveram uma forma de fazer células estaminais embrionárias humanas seguir os mesmos passos que os
nervos de detecção de sons tomam durante o desenvolvimento normal. Quando transplantadas para as cócleas de roedores adultos surdos, as células humanas restauraram parcialmente a audição dos animais, anunciaram os instigadores na revista Nature.

Como essas células são criadas apenas no útero materno, não há forma de as reparar se sofrerem danos, o que resulta numa incapacidade total de ouvir. Embora os implantes ofereçam uma solução parcial para o problema, não há tratamento para os danos nos nervos auditivos, responsáveis por cerca de 10% a 15% dos casos de surdez profunda.

De acordo com o pesquisador chefe Marcelo Rivolta , o novo tratamento poderá ser uma boa solução, tendo inicialmente como alvo os danos nervosos, mas tendo também potencial para ser usado num quadro mais amplo de pacientes, quando combinado com a utilização de implantes. Os primeiros pacientes poderão vir a receber "dentro de poucos anos" estas células-tronco, com vista à recuperação da audição, concluiu o investigador

Essas células podem um dia ser usadas em combinação com implantes cocleares no tratamento da surdez em pessoas.

Fonte: stemcell e newscientist