Estratégia interministerial incentiva estudos e atividades em várias áreas desta ciência
Um
instrumento importante para ser utilizado em vários campos do
conhecimento humano, a biotecnologia também deverá trazer enormes
benefícios para o Brasil: do comércio e indústria à saúde da população.
Por esse motivo, os ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da
Indústria e Comércio Exterior desenvolveram a Estratégia Nacional de
Biotecnologia. A ação tem, entre suas finalidades, o objetivo de
incentivar a competitividade da indústria nacional, o desenvolvimento
econômico e estimular pesquisas que permitam a melhoria da saúde de
pacientes vítimas de diversas doenças. A diretora de Ciência e
Tecnologia do Ministério da Saúde, Suzanne Serruya, fala sobre o papel
da Estratégia Nacional de Biotecnologia.
O Ministério da Saúde -
em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da
Indústria e Comércio Exterior - apresentou a Estratégia Nacional de
Biotecnologia. Qual o principal objetivo desta estratégia?
Suzanne
Serruya - O principal objetivo é incentivar a competitividade da
indústria brasileira, aumentar a participação do país no comércio
internacional, acelerar o crescimento econômico e criar novos postos de
trabalho. Esse é um esforço do governo federal que resulta, agora, na
Política de Desenvolvimento de Biotecnologia, discutida por mais de
cinqüenta anos no âmbito dos mais variados órgãos afins. A Estratégia
Nacional de Biotecnologia identifica as prioridades e ações do governo
neste segmento.
Na prática, significa ter foco na inovação e
integração entre pesquisa e produção, buscando desenvolver produtos e
processos biotecnológicos inovadores, elevar a eficiência produtiva,
ampliar a capacidade de produção das empresas e expandir as exportações.
Com isso, esperamos que o Brasil possa se tornar, num período de 10 a
15 anos, um dos países líderes na indústria do setor.
Essa é uma
política de Estado que prevê até R$ 7 bilhões em investimentos públicos e
privados. Por isso, não há privilégio de um segmento ou ministério em
detrimento de outros. Por este motivo, a política abrange ações e metas
nas áreas de saúde humana, agropecuária e biotecnologia industrial,
segmentos para os quais existe mercado promissor e dispomos de
capacidade efetiva para explorá-los.
No que diz respeito ao Ministério da Saúde, quais são as principais ações que envolvem esta estratégia?
Suzanne
Serruya - As ações sob a responsabilidade do Ministério da Saúde visam
ao atendimento da demanda social por novos produtos, insumos e serviços
especializados na área da saúde. O governo federal acredita que a
introdução de novas tecnologias resulta em um acelerado avanço nos
recursos de diagnósticos, terapêuticos e de prevenção à saúde.
Essa
estratégia envolve métodos de engenharia genética, uso de
microorganismos e aplicação de conhecimento biotecnológico na indústria.
Qual a participação do Ministério da Saúde neste processo?
Suzanne
Serruya - As políticas públicas na área da saúde são voltadas ao
estímulo da produção nacional de vacinas, kits diagnósticos,
hemoderivados e outros produtos da bioindústria, como medicamentos e
insumos para o tratamento de doenças incidentes no país. Essas ações
estão focadas na incorporação de novas tecnologias às atuais medidas de
atenção à saúde da população brasileira, respeitando-se os princípios
morais e éticos e os parâmetros de segurança.
Que benefícios a
biotecnologia tem trazido para a medicina no país, para o SUS e para os
pacientes em geral? Que avanços a senhora destacaria neste campo nos
últimos anos?
Suzanne Serruya - O aprimoramento da saúde pública
está diretamente ligado ao desenvolvimento da biotecnologia. Exemplos
disso são as pesquisas científicas em andamento e o Programa Nacional de
Competitividade em Vacinas (Inovacina), desenvolvido pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Ministério da Saúde. Por meio deles, o governo
federal vem aumentando a produção de vacinas, medicamentos e insumos
para o tratamento de diversas doenças, especialmente das chamadas
doenças negligenciadas como a malária, Doença de Chagas, hanseníase e
outras - que acometem populações de países em desenvolvimento, mas que,
por estarem erradicadas em nações desenvolvidas, não recebem a atenção
adequada da indústria farmacêutica.
As iniciativas do governo
federal ganharam impulso a partir de 2004, quando, em consonância com a
tendência mundial, aproximou-se a atividade de pesquisa da política
nacional de saúde. A mudança de enfoque foi estabelecida a partir da
construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde,
permitindo que os estudos em saúde atendessem, prioritariamente, aos
princípios e às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
interessante esse texto, mas so o final dele mostra algo pratico, especular algo é facil, tanto que o final diz que as pesquisas estao em andamento.
ResponderExcluirpenso que o mais importante foi mostrar a tendencia desse mercado, visto que infelizmente a saude humana é uma mercadoria, como prova o final da entrevista onde ela mostra o desinteresse dos paises desenvolvidos por determinado mercado.
o resto do texto so mostra ideias, nada mais, se colocado em pratica sera otimo.
Muito bom, podemos ver como a Biotecnologia é difundida em varias áreas, que não conhecemos . Como Mencionado acima seria interessante algo Pratico..
ResponderExcluirA biotecnologia tem grande importância na área da saúde,no descobrimento de novas drogas para cura de doenças,tratamentos, prevenções,enfim,o campo é muito vasto e proveitoso,além de ser de grande interesse para a humanidade.
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